São tantos os planos que ficamos até um tanto quanto desorientados, quando elas nos chegam.
É o rompimento com a rotina, com a condução e o trânsito, com as reuniões e os prazos, e com muitas outras cobranças que fazem parte do contexto profissional.
Temos um bom tempo pela frente. Somos livres para ir onde quisermos, sem o compromisso oficial com o relógio. Podemos dormir até mais tarde, sem a preocupação com os diversos horários previamente estabelecidos, até mesmo com os das refeições. É uma quebra de paradigmas ou parâmetros.
Temos condições de encarar os armários e as estantes, o jardim e o quintal e a reforma ou os retoques na casa.
Podemos fugir da metódica sequência do dia a dia, através do passeio descompromissado e das visitas mais demoradas aos parentes e amigos.
Devemos recuperar uma vontade, resgatar uma necessidade.
É a oportunidade quanto ao show, ao cinema, ao teatro, e a outros bons programas há muito tempo esquecidos. É a chance com relação àquele museu, que tantos elogiam, mas que ainda “não pôde” ser visitado. É o sim à pescaria, convite muitas vezes recusado. É a oportunidade para estreitar os laços com o clube e com todas as opções que ele proporciona.
É dar ouvidos ao meio esquecido espírito aventureiro, de sair por aí, sem roteiro ou rumo definido, por estradas, trilhas e caminhos não conhecidos. É dar a devida atenção à antiga ideia de pegar a família e viajar, para conhecer as lindas praias, os belos campos, rios e cachoeiras, sempre lembrados pelas revistas e pelos programas de TV. Tem sempre um resort, hotel, camping ou pousada, aguardando a chegada do visitante.
Mas trinta dias passam rápido, e é bem provável não haver o tempo necessário para se pôr em prática todos os planos imaginados. Paciência, o que não for possível agora, ficará para o novo período de férias.
O importante, tal qual o próprio trabalho nos ensina, é o planejamento, são os procedimentos, a programação prévia necessária para se alcançar as metas estabelecidas, visando aproveitar os benefícios físicos, psíquicos e emocionais que as férias podem proporcionar.
Não nos esqueçamos disso: o trabalho é muito importante, férias são imprescindíveis.
Se somos nós que possibilitamos e controlamos as certificações de qualidade no trabalho, por que não proporcionar a nós mesmos, os benefícios salutares que as férias proporcionam?
E já que também somos associados ou colaboradores, no âmbito empresarial, façamos então uma feliz associação pessoal, física e mental, colaborando com as ações necessárias para que as férias, aproveitadas, sejam uma pequena amostra do que é viver bem, com mais qualidade e satisfação, não só trinta dias, mas todos os períodos, ou anos de nossa vida.
E que todos sempre tenhamos então, boas férias!...
Geraldo Vieira de Magalhães
Psicólogo - CRP 08/06392
Tel.: (41) 9 9141-3141